Dorival Júnior não é mais técnico da Seleção Brasileira. Caiu. Demitido na sexta-feira passada, após um ano no cargo. Dezesseis jogos à frente da equipe, sete vitórias, sete empates e duas derrotas. O estopim? O massacre por 4 a 1 diante da Argentina, nas Eliminatórias da Copa de 2026. A CBF, comandada por Ednaldo Rodrigues, agora se mexe para encontrar um novo treinador.
E o que se ventila na imprensa esportiva nacional? Uma lista de gringos no radar da entidade. Jorge Jesus, Carlo Ancelotti, Pep Guardiola e Abel Ferreira estão entre os nomes especulados. Mas, peraí: é mesmo um treinador estrangeiro a solução para a crise do futebol brasileiro?
Aqui, a conversa precisa ser reta. O problema da Seleção não é apenas o treinador. O buraco é mais embaixo. É uma direção incompetente, um comando sem pulso e um grupo de jogadores que não impõe respeito. Que não mete medo nos adversários. Que veste a camisa amarela sem fazer jus à história que ela carrega.
A verdade é que a Canarinho perdeu a identidade. Vira e mexe, troca-se o técnico, vende-se a ilusão de um recomeço, mas nada muda. O problema é estrutural. Falta comando, falta gestão, falta identidade. E falta, acima de tudo, talento e espírito de Seleção. O Brasil precisa urgentemente ressurgir das cinzas. Mas não será apenas com um novo técnico, seja ele estrangeiro ou não, que isso vai acontecer.
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