terça-feira, 9 de setembro de 2025

A paciência esgotou.

Já está mais do que exaurida a paciência com a política brasileira. O último domingo, 7 de setembro, serviu de prova disso. Mais uma vez, assistimos a um espetáculo repetitivo, cansativo e, para falar a verdade, enjoativo: a direita pedindo “anistia” para Jair Bolsonaro, como se o país não tivesse assuntos mais urgentes a resolver. No fim, o saldo é sempre o mesmo: um teatro barato, de quinta categoria, que já não convence nem a plateia.

Política, meus caros, não é isso. Política se resolve nas urnas. E urnas, diga-se, não são instrumentos de fantasia ou de delírio coletivo. São ferramentas da democracia. Mas parece que a turma do bolsonarismo ainda não entendeu — ou finge não entender. E o mais irritante não é ver meia dúzia de desavisados berrando em praça pública, é ver gente com formação, gente consciente, gente que deveria ter discernimento, embarcando nessas narrativas fantasmas, ocos discursos de perseguição, esse mantra de “coitado do mito” que nunca passou de um político mediano, de baixo clero, sete mandatos seguidos de deputado sem nada para mostrar.

A verdade é que Bolsonaro pegou uma brecha histórica, surfou na onda do antipetismo e chegou à Presidência. E aí? O que entregou ao país? Um governo que deixou cicatrizes, agora sob investigação, com rastros de contradições e acusações que ele e seus seguidores insistem em chamar de perseguição. Ora, por favor!

A paciência acabou. Essas manifestações de 7 de setembro viraram, para usar um termo popular, um verdadeiro “encheção de saco”. E não é exagero. Porque, enquanto isso, a vida real continua: inflação, desigualdade, crises sociais e institucionais. O país pedindo avanço e a política insistindo em andar para trás.

E, para completar o pacote do ridículo, ainda tem o velho espírito de vira-lata: bandeira dos Estados Unidos tremulando em solo brasileiro, como se Trump fosse o salvador da pátria ou se fosse o messias redivivo. Pessoal, já basta o nosso drama. Importar problemas alheios é demais.

Está chato. Muito chato. A política brasileira precisa respirar novos ares, precisa se reencontrar com o bom senso. Quem está no poder governa, quem perdeu que se prepare para 2026. E ponto final. Até lá, que nos deixem em paz com esse mimimi de “anistia” e de “perseguição”. O Brasil não aguenta mais tanto barulho para tão pouco conteúdo.

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