A Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou, em sessão ordinária realizada no último dia 22 de setembro, o projeto de lei de autoria da deputada Débora Almeida que reconhece a Banda Marcial Frei Dimas, da cidade de Bom Conselho, como patrimônio cultural imaterial do Estado. A proposta, que passou pelo crivo do plenário, agora segue para análise da Fundarpe, instância responsável por conceder oficialmente o registro.
Trata-se de um passo importante para consolidar a história de uma das mais tradicionais expressões culturais da Terra de Papacaça. Com 57 anos de existência, a Banda Marcial Frei Dimas já ostenta, desde 2022, o título de patrimônio cultural imaterial municipal, conferido pela Câmara de Vereadores de Bom Conselho. Agora, ganha força no reconhecimento estadual, valorizando não apenas a trajetória da banda, mas também a identidade de um povo que vê na música um elo de união e orgulho coletivo.
O que se discute, portanto, vai muito além de um título formal. É o Estado de Pernambuco assumindo o compromisso de preservar uma memória que pulsa nos desfiles cívicos, nas apresentações escolares e nos eventos comunitários. Reconhecer a Banda Frei Dimas como patrimônio cultural é garantir que as futuras gerações tenham acesso a esse legado, que atravessa décadas e ainda emociona.
Não se trata apenas de preservar o passado, mas de projetar o futuro. Bom Conselho, que já guarda com zelo esse patrimônio, agora compartilha sua riqueza cultural com todo o Estado. A aprovação na Alepe mostra que, quando a política se alia à cultura, o resultado é sempre construtivo. A valorização da banda é também a valorização da educação musical, da disciplina que forma jovens e da tradição que enriquece a história pernambucana.
Com a chancela da Fundarpe, que deve se debruçar sobre o processo nos próximos meses, a Banda Marcial Frei Dimas terá seu espaço consolidado na memória cultural do Estado. O reconhecimento estadual não é apenas uma homenagem: é um ato de justiça. Afinal, 57 anos de música, disciplina e história não podem ser esquecidos, mas precisam ecoar como exemplo de resistência e identidade para todo o povo pernambucano.

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