Bom Conselho volta a respirar esporte de alto nível. A natação, modalidade que até pouco tempo era vista como tímida na terra de Papacaça, hoje se consolida como uma das mais promissoras graças ao trabalho persistente e visionário do professor Rodolpho Matos, à frente da RM Escolinha de Natação. A prova mais recente desse protagonismo atende pelo nome de Júlia Siqueira Matos, filha do professor, que embarcou rumo a Brasília como integrante da delegação alagoana para disputar os Jogos da Juventude, o campeonato brasileiro estudantil.
Não se trata de um feito isolado. É o segundo ano consecutivo que a escolinha consegue colocar atletas da cidade no mais alto patamar do esporte estudantil nacional. Isso não é acaso, é trabalho. É suor diário, disciplina e, acima de tudo, um projeto que acredita que Bom Conselho pode, sim, competir de igual para igual com os grandes centros. Júlia leva consigo não apenas o nome da escola e de sua família, mas o orgulho de todo um município que aprende, a cada braçada, que talento não tem CEP.
E a maré positiva não para por aí. Para fechar a
semana, a natação de Bom Conselho pode viver um capítulo ainda mais glorioso.
No próximo sábado, 13, a RM Escolinha de Natação disputa, em Pesqueira, a
chance de conquistar o tricampeonato pernambucano do interior nas categorias de
base. Um feito que consolidaria de vez o município como referência esportiva
além das fronteiras locais.
O que se vê é um exemplo de como o esporte transforma. Enquanto Júlia representa a juventude bomconselhense no cenário nacional, sua escolinha luta pelo título estadual. É a natação de Bom Conselho mostrando que não conhece barreiras, que nada contra a maré da descrença e prova que, com trabalho e dedicação, um município do interior pode se tornar vitrine de conquistas.
É, portanto, mais do que medalhas. É sobre identidade, sobre autoestima coletiva, sobre a certeza de que Bom Conselho tem no esporte um caminho de futuro. Afinal, cada braçada de Júlia e cada pódio da RM Escolinha de Natação reafirmam: a terra de Papacaça já não nada apenas em suas próprias águas, mas desbrava o Brasil e começa a enxergar horizontes muito maiores.



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