O calendário vai se despedindo de mais um ano, desses que passam deixando marcas, aprendizados e também silêncios que falam. Em Bom Conselho, o sentimento é misto: de fechamento de ciclo, mas também de abertura de janelas. O ano se conclui como um capítulo que chega ao ponto final, enquanto o próximo já se anuncia com a promessa de páginas em branco, prontas para serem escritas.
Há, nas ruas, nas conversas de calçada e nas mesas de fim de tarde, uma expectativa que não se mede apenas pelo virar do relógio na noite da virada. É algo mais profundo. Bom Conselho parece aguardar o novo ano com aquele velho hábito do interior: esperança teimosa, que resiste mesmo depois de dias difíceis. Esperança que não ignora os problemas, mas escolhe acreditar que dias melhores podem, sim, ser construídos.
O ano que termina trouxe seus desafios. Nem tudo saiu como o planejado, nem todos os sonhos ganharam forma. Mas também houve resistência, trabalho silencioso, gente que seguiu em frente mesmo quando o caminho parecia estreito demais. E isso conta. Conta muito. Porque é desse acúmulo de vivências — boas e ruins — que a cidade segue se reinventando.
O novo ano chega como quem bate à porta pedindo passagem. Não traz garantias, mas carrega possibilidades. É nele que Bom Conselho deposita a expectativa de novos começos, de decisões mais acertadas, de ações que dialoguem com a realidade do povo. É nele que muitos veem a chance de escrever linhas mais firmes no livro da própria história.
Virar o ano, no fundo, é mais do que uma tradição. É um exercício coletivo de fé no amanhã. Fé de que os erros podem virar lições, de que os acertos podem se multiplicar e de que a cidade pode avançar sem perder sua essência. Bom Conselho segue, portanto, com o olhar no horizonte, esperando que o novo tempo seja generoso e que cada dia ajude a construir uma narrativa mais justa, mais humana e mais próspera.
Que o próximo ano encontre a cidade de portas abertas, coração atento e disposição para escrever, com responsabilidade e esperança, novas linhas no livro da existência de Bom Conselho. Porque a história continua — e ainda há muito a ser dito.

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