Na noite de quarta-feira, 17, uma denúncia
explodiu em Brasília: a de que os donos do frigorífico JBS disseram, em
delação, que gravaram conversa na qual o presidente Michel Temer ordenou o pagamento de propina
para evitar que o deputado cassado Eduardo Cunha fizesse uma delação.
A reunião com Temer aconteceu no dia sete
de março. O presidente se manifestou por meio de nota, divulgada pelo Planalto.
O documento confirma o encontro, mas diz, entre outras coisas, que Temer, abre
aspas: jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio de Eduardo Cunha. Não
participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação
ou colaboração com a Justiça do ex-parlamentar. Fecha aspas.
A notícia ganhou manchete nos principais
jornais do mundo e enfraqueceu a base do governo. Opositores passaram a pedir,
além do afastamento de Temer, a convocação de uma eleição direta. A
Constituição, porém, diz outra coisa. Que, nesse caso, deve ser feita uma
eleição indireta, ou seja, apenas com votos de parlamentares, e que o novo
presidente ficará no cargo só até o fim do ano quem vem.
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