segunda-feira, 18 de abril de 2016

Câmara aprova processo de abertura do impeachment contra Dilma.

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de domingo, dia 17, a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, fechando uma disputa entre os deputados federais que durou cinco meses e que teve como principal estrela o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por acolher o processo em retaliação a uma disputa com o PT.

Após dias de uma batalha psicológica entre governistas e oposição a respeito do apoio parlamentar, Dilma Rousseff sofreu uma derrota dura. O 342º voto, o mínimo necessário, veio por meio de Bruno Araújo (PSDB-PE). Foram 367 votos contra ela e apenas 137 votos a favor, com 7 abstenções e duas ausências. Eram necessários 342 votos, ou dois terços da Câmara, para admitir o processo.

Agora, o processo segue para o Senado que, conforme definido pelo Supremo Tribunal Federal, deve definir se há razões para a continuidade da ação. O pedido de impeachment deve ser lido em plenário na terça-feira, 19. Na sequência, a Casa criará uma comissão especial que deverá analisar o caso e produzir um parecer. Este relatório será votado pelo plenário e, se aprovado por metade dos senadores, Dilma Rousseff será afastada por 180 dias até seu julgamento, a ser realizado pelo próprio Senado.

Neste período, assume temporariamente o vice-presidente da República, Michel Temer, que há semanas vem manobrando a favor do impeachment em uma batalha cada vez mais aberta com Dilma.

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