terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Impasse entre governo e diretores da rede municipal de ensino esquenta clima em Bom Conselho.

A cidade de Bom Conselho está vivenciando uma queda de braço entre o prefeito Dr. Edézio Ferreira e os gestores escolares da rede municipal. Na última semana, o prefeito baixou um decreto que afastou temporariamente os diretores das escolas municipais, alegando possíveis irregularidades na seleção ocorrida na gestão passada. Enquanto isso, o debate esquenta sobre quem, de fato, está com a razão nesse impasse.

A polêmica gira em torno do processo seletivo realizado em agosto de 2023, que escolheu os diretores em conformidade com a Lei nº 14.113/2020, regulamentada pelo novo Fundeb. O decreto municipal que formalizou o processo estabeleceu mandatos até 26 de dezembro de 2025, cumprindo o que determina a legislação federal: eleição ou seleção simplificada para escolha dos gestores escolares. No entanto, Dr. Edézio questiona a legitimidade do decreto anterior e afirma que há denúncias de irregularidades que precisam ser apuradas.

A decisão do prefeito gerou reações imediatas. Os diretores afastados, respaldados pela legalidade do processo seletivo, defendem o direito de concluir seus mandatos e afirmam não temer um possível retorno às salas de aula, mas consideram injusto serem removidos sem motivo aparente. Já o governo municipal, por sua vez, aponta para "fragilidades" na condução da seleção promovida pela gestão anterior.

Em suas redes sociais, o prefeito anunciou que revogou, ou seja, anulou o decreto que regulamentou o processo seletivo, mas, na prática, o documento publicado apenas afastou os diretores temporariamente (confira, CLIQUE AQUI).

Enquanto isso, a tensão cresce. Os professores, até então gestores da rede municipal, veem a medida como uma interferência desnecessária, principalmente quando há um histórico recente de respeito à legislação federal. O afastamento temporário é interpretado como um movimento estratégico, e muitos se perguntam se não há interesses políticos por trás da decisão.

O que resta, agora, é esperar que as instâncias jurídicas se manifestem e tragam uma resposta definitiva. Até lá, a cidade de Papacaça segue em ebulição, com a gestão municipal e os diretores afastados protagonizando um embate que já extrapolou as salas de aula e ganhou as ruas. Quem tem razão? O tempo dirá, mas, por enquanto, a polêmica já mostrou que educação e política nem sempre caminham juntas.

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