Pessoas com distúrbios alimentares, seja
obesidade ou anorexia, podem ter no futuro uma solução única que corte o
problema pela raiz: 'desligando' uma parte do cérebro.
Em uma pesquisa pioneira, uma equipe de
cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos,
modificaram geneticamente um grupo de camundongos para que um pequeno conjunto
de neurônios (localizados no núcleo leito da estria terminal, ou NLET) pudesse
ser ativado ou desativado em resposta à luz.
Vale ressaltar que esses são os neurônios
responsáveis pelas mensagens enviadas ao hipotálamo lateral, a parte do cérebro
conhecida por desempenhar um papel fundamental no apetite.
Assim que os cientistas lançaram um laser
no cérebro dos camundongos com os neurônios modificados, eles foram
'desligados', e as cobaias se recusaram a comer, mesmo quando estavam com fome.
Ao ativar a área novamente, eles fizeram o oposto e passaram a comer sem parar
até a área ser desativada.
Os testes não garantem que isso funcione a
longo prazo – cada rodada durou cerca de 20 minutos. No entanto, eles dão uma
boa idéia dos caminhos que regulam o desejo de comer. Ao contrário de outros tratamentos, este
não lidaria apenas com sintomas. Ele atinge o problema diretamente na fonte.
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