quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Setembro Amarelo por Alexandre Piúta.

A campanha Setembro Amarelo é uma iniciativa do Brasil criada pelo Centro de Valorização da Vida, Conselho Federal de Medicina, Associação Brasileira de Psiquiatria de prevenção ao suicídio. Setembro foi escolhido porque o dia 10 deste mês é considerado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Até o final do mês organizações sociais, empresas e os governos desenvolvem atividades para tratar do tema e difundir campanhas de prevenção.

A Organização Mundial da Saúde divulgou estudos preocupantes sobre o índice de mortes por suicídio entre os jovens entre 15 e 29 anos. O número de jovens que tira a própria vida, segundo o levantamento, é maior que de mortes por malária, câncer de mama e até mesmo homicídios. Nas américas, mesmo tendo índices menores que outras partes do mundo, a situação preocupa, pois os dados revelam crescimento da incidência. No Brasil, entre ente 2006 e 2017, aconteceram mais de 106 mil casos. Os motivos que levam uma pessoa a ceifar a própria vida são múltiplos, podendo ser biológicos, genéticos, psicológicos, culturais ou ambientais. E, entre as maiores causas está a depressão que tem com sintomas a tristeza, o desânimo, baixa energia e a perda de prazer com as atividades do dia a dia.

Dados mostram que entre os fatores que inibem os caminhos para enfrentar a doença e evitar o mal maior está o preconceito que existe entre os mais próximos para reconhecer o estado depressivo ou procurar um psiquiatra que, infelizmente, por desconhecimento, ainda é tratado muitas vezes como profissional que cuida de maluco, o que é um erro. Outros fatores importantes considerados por profissionais que ajudam às pessoas é o acolhimento familiar, o apoio de amigos e a busca de profissional para enfrentar situações que possam levar ao desespero que, em muitos casos, podem culminar com o suicídio.

A campanha Setembro Amarelo realizada desde 2015, sob a organização de entidades CFM, CVV, ABP, é uma contribuição importante para diminuir a incidência de casos, e conscientizar de que é preciso ajudar as pessoas a lidarem com a situação. Campanha ampliada a partir da conscientização do setor empresarial e governos sobre a sua importância. É importar salientar que a doença da menta não é situação particularizada dos grandes centros, ela está em todos os lugares e que o cuidado e a preocupação são necessários e permanentes.

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