Na última terça-feira, 20, o vereador Pio Josival, representante do Distrito Caldeirões na Câmara Municipal de Bom Conselho, protagonizou um daqueles momentos em que a política deixa de lado o palanque e se encontra com a realidade dura das ruas — ou melhor, dos postes. Com o celular em mãos, mas a indignação no peito, o parlamentar divulgou um vídeo nas redes sociais mostrando a situação alarmante de um poste que ameaça cair a qualquer momento, colocando em risco casas e, sobretudo, vidas.
“Quando morrer gente, é que vão resolver, é”, disse Pio, visivelmente exaltado. E ele tem razão. O que está em jogo vai além de burocracia e empurra-empurra entre pastas: trata-se de responsabilidade. O vereador afirma já ter conversado com secretários, com o próprio prefeito Dr. Edézio Ferreira, cobrou, pediu, alertou — e até agora, nada. Zero. Silêncio. Indiferença.
Mas o tom do vídeo não é só de cobrança. É de desespero de quem sabe que, se o pior acontecer, a conta vai cair no colo de todos, inclusive do povo. E o povo está cansado de promessas e prazos. Quer ações, não mais anotações.
Pio Josival pode estar em seu primeiro mandato, mas não é nenhum novato nas trincheiras da política. Conhece os atalhos e as armadilhas, e sabe como poucos o valor de colocar a cara à tapa quando o povo chama. É filho de Caldeirões, e por Caldeirões tem se mostrado disposto a brigar — com unhas, dentes e, se for preciso, megafone.
Esse episódio é o segundo em menos de uma semana em que vereadores da base do prefeito rompem o silêncio protocolar para cobrar ações — ou, como preferem os mais diretos, atitudes. Quando até quem está no barco começa a pedir remo, é porque ou o leme quebrou ou o capitão cochilou.
Enquanto a administração escorrega no descaso, o povo de Caldeirões vive com medo. E medo não se resolve com discurso, mas com obras, soluções e, acima de tudo, respeito.
Confira o vídeo do vereador Pio Josival abaixo e tire suas próprias conclusões. Mas uma coisa é certa: quando a base fala alto, é porque o silêncio do poder já passou dos limites.

Nenhum comentário:
Postar um comentário