O desafio do desenvolvimento sustentável bate à porta de Bom Conselho com números que não deixam espaço para interpretações otimistas. No primeiro mapa de desempenho dos municípios brasileiros em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, a terra de Papacaça ficou muito distante das melhores posições, ocupando o 4.996º lugar entre os 5.570 municípios do país.
O levantamento inédito, conduzido pelo Instituto Cidades Sustentáveis, que considera os 17 ODS com metas a serem cumpridas até 2030, revela que Bom Conselho atingiu a pontuação de apenas 43,09 — índice que coloca a cidade na faixa de desenvolvimento baixo. A pesquisa mostra que, apesar de avanços pontuais em áreas específicas, o conjunto de políticas públicas voltadas para educação, saúde, saneamento, meio ambiente, redução das desigualdades e crescimento econômico ainda não se articula de forma a impulsionar o município para um patamar mais competitivo.
A ONU, por meio dos ODS, propõe um pacto global: erradicar a pobreza, promover a prosperidade e proteger o planeta, tudo dentro de um calendário que já corre contra o tempo. Em Bom Conselho, a meta parece distante, mas não impossível. É preciso firmeza política, planejamento estratégico e engajamento da sociedade civil para transformar números desfavoráveis em resultados inspiradores.
O ranking, mais do que um retrato do presente, é um alerta para o futuro. Cada ponto perdido representa oportunidades desperdiçadas de melhorar a qualidade de vida da população e de inserir o município na rota do desenvolvimento sustentável. Se não houver mudança de rumo, o risco é ver a cidade seguir patinando nas mesmas dificuldades que há décadas limitam seu crescimento.
O desafio está posto. Cabe agora à gestão municipal, à iniciativa privada e à comunidade se unirem em torno de um objetivo maior: tirar Bom Conselho da rabeira do ranking e colocá-la em posição de destaque no cenário nacional. Afinal, quando se trata de futuro, esperar não é uma opção — agir é uma urgência.
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