Bom Conselho voltou a ser palco de um importante momento de construção coletiva e valorização da educação inclusiva. Na última segunda-feira, 25 de agosto, a Comunidade Quilombola do Angico, na Zona Rural do município, recebeu a oficina de formação continuada voltada para docentes quilombolas, realizada na Escola Doralice Rodrigues da Silva.
Sob o tema “Encontro de fortalecimento e partilha: saberes, territórios e práticas antirracistas”, o evento se estendeu das 8h às 17h e reuniu professores quilombolas de dez municípios do Agreste pernambucano. Mais do que uma atividade de capacitação, foi um espaço de diálogo, troca de experiências e reafirmação da identidade e ancestralidade como pilares fundamentais para a construção de uma educação que reconhece e valoriza a diversidade.
A iniciativa foi fruto de uma articulação que envolveu o Centro de Formação Expedito Ferreira, o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o SECADI/MEC e o Movimento Quilombola de Pernambuco. Instituições que, juntas, mostraram que a educação só se fortalece quando caminha de mãos dadas com as comunidades e com seus saberes tradicionais.
A formação oferecida aos docentes quilombolas não foi apenas um repasse de técnicas pedagógicas, mas, sobretudo, um exercício de resistência e afirmação cultural. Em tempos em que ainda é necessário combater desigualdades históricas e práticas discriminatórias, iniciativas como essa apontam para um futuro mais justo e igualitário.
Bom Conselho, ao sediar esse encontro, reafirma o seu papel de berço de tradições e também de novas práticas educativas que se alinham à luta antirracista. A cidade se torna referência regional ao abrigar um evento que dá visibilidade e voz aos educadores quilombolas, transformando a sala de aula em espaço de inclusão, reconhecimento e transformação social.
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