Na última sessão ordinária da Câmara de Vereadores, o projeto enviado pelo Executivo Municipal foi simplesmente reprovado. Sim, reprovado. E desde então, não se fala em outra coisa nos quatro cantos da cidade. Da feira ao posto de gasolina, do grupo de WhatsApp à fila do pão, todo mundo tem uma opinião. Uns defendem o governo, outros os vereadores oposicionistas. Mas, no fim das contas, o que se percebe é que o povo — aquele que realmente importa — está ficando no meio desse fogo cruzado, e pior: saindo queimado.
De um lado, o Governo Municipal, liderado pelo prefeito Dr. Edézio Ferreira, apresentou argumentos sólidos, técnicos e fundamentados. Nada mirabolante, nada fora da curva — apenas o necessário para garantir a continuidade dos serviços públicos, o pagamento dos prestadores, dos fornecedores e dos trabalhadores. Do outro, os sete vereadores da oposição, que parecem ter encontrado na reprovação do projeto uma forma de medir forças, mostrar resistência e, quem sabe, marcar posição para o futuro. O problema é que, ao fazer isso, estão deixando a racionalidade em segundo plano e a política miúda em primeiro.
E é aí que a coisa desanda. Porque, se formos puxar pela memória, a gestão anterior — da qual a atual oposição fazia parte — apresentou, por diversas vezes, projetos semelhantes. E, pasmem, todos foram aprovados com tranquilidade, sem drama, sem discurso inflamado, e com percentuais até maiores do que o pedido agora por Edézio. Ou seja: quando o sapato estava em outro pé, ninguém sentiu aperto.
O que muda, então? Simples. O palco é o mesmo, mas os protagonistas trocaram de lugar. E parece que, para alguns, o importante não é o enredo, mas quem está com o microfone na mão. O projeto, tecnicamente, é legítimo. Politicamente, é necessário. Economicamente, é urgente. Mas, por birra — e vamos chamar as coisas pelo nome —, a oposição preferiu fechar o livro antes do último capítulo.
Enquanto isso, os verdadeiros personagens dessa trama, os trabalhadores, os fornecedores, os prestadores de serviço, ficam à espera do desfecho. São eles que sentem o impacto da reprovação. São eles que pagam a conta da disputa política. E o povo, ah, o povo, já aprendeu a assistir a esses capítulos com um misto de cansaço e ironia.
A verdade, nua e crua, é que o crédito suplementar virou palco para vaidades. O debate político precisa voltar à esfera do diálogo, do respeito e, sobretudo, do bom senso. O governo atual tem mostrado trabalho — e em menos de dez meses, já se vêem mudanças concretas, ações básicas que antes eram esquecidas e hoje ganham vida. Isso é administração, isso é gestão.
Esperemos, portanto, que os próximos capítulos tragam reconciliação, diálogo e, quem sabe, um final feliz com bandeira branca hasteada e aperto de mãos entre governo e oposição. Porque, no fim das contas, quem sairá ganhando não é o prefeito, nem os vereadores — é Bom Conselho.
E convenhamos: já passou da hora dessa novela trocar de gênero. Que venha o próximo episódio, mas de preferência, uma comédia leve — sem tanto drama político.

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