terça-feira, 11 de novembro de 2025

Arraiá do Sumaúma agora é patrimônio cultural imaterial de Bom Conselho: um reconhecimento à alma junina da terra de Papacaça.

Em tempos em que a cultura popular precisa ser abraçada e protegida, Bom Conselho deu um passo que toca fundo o coração de sua gente. O prefeito Dr. Edézio Ferreira sancionou a Lei nº 1.891/2025, de 30 de outubro, que declara o Arraiá do Sumaúma como Patrimônio Cultural Imaterial do Município. A lei foi publicada no dia 3 de novembro, e com ela, a cidade eterniza uma das mais autênticas expressões do seu espírito festivo e coletivo.

Mais do que uma festa, o Arraiá do Sumaúma é um símbolo de identidade, resistência e alegria. Surgido em 1974, ele foi o primeiro arraiá de rua da terra de Papacaça, desbravando caminhos e abrindo alas para uma tradição que, desde então, aquece os corações no mês de junho. Na Rua Monsenhor Marques, a popular Rua do Caboge, nasceu essa história que mistura simplicidade, amizade e amor à cultura nordestina.

Tudo começou na mercearia de Marinalva, um ponto de encontro onde a vida comunitária fervilhava. Foi ali que Artuzinho Cordeiro (em memória), Alvamir, Geraldo Lira, Antônio Geraldo, Luiz Correia e o professor Solinge (também em memória) deram forma à primeira quadrilha de rua de Bom Conselho. De um pequeno grupo de amigos, nascia um movimento de alegria que se espalhou pelas gerações e se tornou parte inseparável da história cultural da cidade.

Ao declarar o Arraiá do Sumaúma como patrimônio imaterial, o governo municipal reconhece o valor simbólico e afetivo dessa tradição. O ato é mais do que jurídico — é um gesto de respeito e gratidão a todos que, com sanfona, zabumba e coração aberto, mantêm viva a chama do São João bomconselhense.

Essa lei não apenas eterniza um nome, mas imortaliza um sentimento. O sentimento de pertencimento, de orgulho e de amor pela cultura popular. O Sumaúma não é apenas um arraiá — é um retrato da alma pulsante de Bom Conselho, uma herança que atravessa décadas sem perder o brilho do primeiro forró.

Com essa sanção, Dr. Edézio Ferreira deixa registrado em lei o que o povo já sabia de cor e salteado: o Arraiá do Sumaúma é, e sempre será, patrimônio vivo do coração da cidade. E que cada bandeirinha, cada passo de quadrilha e cada riso compartilhado continuem a ecoar por gerações, celebrando a força da cultura e da memória do povo de papacaça.

Viva o Arraiá do Sumaúma — agora, oficialmente, um tesouro cultural de Bom Conselho!

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