Em
Bom Conselho, a política já começou a ferver antes mesmo do café esfriar. Nas
esquinas, nos gabinetes, nas rodas de conversa e, sobretudo, nos “plenarinhos”
paralelos que se multiplicam pela cidade, uma pergunta começa a ecoar com
força: quem será rifado na disputa pela Assembleia Legislativa em 2026? Débora
Almeida ou Doriel Barros?
O
cenário está armado, e o tabuleiro político local apresenta uma peça delicada:
de um lado, a deputada Débora, aliada do prefeito Dr. Edézio Ferreira, que lhe
garantiu mais de 3 mil votos em 2022 — um desempenho modesto, mas suficiente
para carimbar sua eleição. De outro, Doriel Barros, que ficou na casa dos 2 mil e 500 votos na eleição passada, porém, deputado com base sólida no
grupo comandado por Givaldo Cavalcante, cuja esposa, Cíntia Anselmo, ocupa a
vice-prefeitura e mantém com Doriel, além do alinhamento político, uma amizade
pessoal de longa data.
A
dúvida que paira no ar é objetiva: os dois grupos que hoje dividem o poder
local vão unir forças em torno de um nome único ou cada um seguirá com seu
candidato? Se a opção for a segunda — que, aliás, parece a mais provável diante
dos sinais trocados nos bastidores — o resultado poderá ser desastroso para
ambos. A lógica é simples e cruel: com o grupo rachado, a força se dilui. E com
uma lista de concorrentes que se anuncia vasta, incluindo possíveis
"filhos da terra", o risco de minguarem os votos é grande.
Vale
lembrar que em 2018, Doriel saiu-se melhor, com quase 4 mil votos, enquanto
Claudiano Martins, então apoiado pelo novato Dr. Edézio, teve pouco mais de
1.100 sufrágios. De lá para cá, o cenário mudou. Edézio não é mais uma promessa na política local — tem a caneta na mão e a máquina pública sob controle. Mas, se não souber
conduzir com habilidade o jogo de bastidores, pode acabar vendo sua aliada
Débora murchar nas urnas. Givaldo, por sua vez, é velho de guerra e sabe operar
no varejo da política. Mas nem sua experiência pode compensar o dano de uma
base fraturada.
A
verdade é que, no xadrez político de Bom Conselho, a disputa de 2026 pode virar
um jogo de perde-perde se não houver entendimento. E se rifarem um, o outro que
se cuide. Porque quem não soma, divide — e quem divide, pode acabar perdendo
até o que já tinha.
E
você, eleitor, já fez sua aposta? O rifado será Débora, Doriel… ou será que os
grupos vão arriscar tudo na roleta da divisão? O jogo está lançado — e os
bastidores, fervendo.