sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Assembleia de Deus em Bom Conselho se despede da irmã Ezinete Galdino, um exemplo de fé, serviço e legado à comunidade.

A Igreja Assembleia de Deus Pernambuco, filial em Bom Conselho, está em luto. Faleceu na quinta-feira, dia 13, aos 63 anos, a irmã Maria Ezinete Dias Galdino dos Santos, carinhosamente conhecida como irmã Ezinete Galdino — uma daquelas personagens raras que não apenas passam pela história da Igreja e da cidade, mas ajudam a escrevê-la, linha por linha, com dedicação, serviço e um testemunho cristão irretocável.

Irmã Ezinete não foi simplesmente mais um nome entre os membros da Assembleia de Deus: ela foi parte viva da estrutura espiritual que sustenta a Igreja em Bom Conselho. Serviu ao Senhor Jesus com zelo, constância e alegria — virtudes cada vez mais difíceis de encontrar no mundo moderno, mas que nela transbordavam de forma natural. Por um período, atuou como dirigente do conjunto de adolescentes, conduzindo esse trabalho com equilíbrio, firmeza e sensibilidade. E deixou marcas que ainda hoje são lembradas por aqueles que conviveram com sua liderança serena e eficiente.

Mas limitar a irmã Ezinete à esfera religiosa seria cometer uma injustiça com sua história. Bom Conselho a conhecia de perto também na vida pública. Atuou na antiga EMATER, contribuiu por longos anos com a Promotoria de Justiça do município e, no início dos anos 2000, participou da primeira eleição para o Conselho Tutelar, ocasião em que, embora não tenha alcançado a vaga, conquistou expressiva votação — reflexo direto do respeito que nutria na comunidade.

Em tempos em que a confiança pública anda tão rarefeita, figuras como irmã Ezinete se tornam ainda mais simbólicas. Não apenas servia à Igreja, mas também à sociedade. Não fazia distinção entre fé e vida prática. Seu testemunho era, antes de tudo, cotidiano: simples, firme e comprometido com o bem.

Nos últimos anos, integrava com entusiasmo o conjunto de senhoras, o Conjunto Proati e o Grande Coral, áreas nas quais sua presença era sempre vista com carinho. Sua partida deixa uma lacuna — não apenas física, mas emocional e espiritual — que não será preenchida de imediato. Alguns exemplos são insubstituíveis, e irmã Ezinete foi justamente um desses.

O velório ocorreu na Assembleia de Deus, Congregação da Rua José Amaral, local onde tantas vezes ela esteve presente, não para ser homenageada, mas para servir. O sepultamento aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 14. Deixa filhos, netos, familiares, amigos e uma legião de irmãos em Cristo que choram sua ausência, mas também celebram a certeza que ela professou durante a sua vida: a de que agora descansa nos braços do Senhor Jesus Cristo.

Em tempos tão acelerados, em que o efêmero costuma se sobrepor ao permanente, a trajetória de irmã Ezinete Galdino nos convida a uma pausa. A refletir. A valorizar aqueles que, em silêncio, constroem comunidades, fortalecem a fé e tornam o mundo à sua volta um lugar melhor. Sua partida entristece, mas seu legado consola. Porque vidas assim não se apagam: permanecem como luz, memória e exemplo.

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