Por
Alexandre Piúta -
Desde janeiro o país acompanha declarações que confirmam o receio que se tinha
do comportamento do Presidente eleito para governar o Brasil. Bolsonaro na mede
esforço para atacar organizações da sociedade civil, pessoas, regiões do país e
direitos fundamentais garantidos na Constituição. A prática é a mesma da época
de deputado, quando não media seus atos, chegando ao ponto de homenagear Carlos
Alberto Brilhante Ustra, conhecido torturador do regime militar durante seção
do Congresso Nacional.
Nos seis meses como Presidente, Bolsonaro
divulgou vídeo pornográfico durante o carnaval; disse que a jornalista Miriam
Leitão participou da guerra do Araguaia, o que não é verdade, a jornalista foi
presa e torturada quando morava no Espírito Santo. Noutra declaração atacou os
nordestinos chamando a todos de Paraíba, atitude de desrespeito e discriminação
contra a região que tem 30% da população do país. A mais recente estarreceu o
país ao dizer que sabia como desapareceu o Pernambucano Fernando Santa Cruz
durante a Ditadura Militar em entrevista aos jornalistas afirmando: “Um dia se
o presidente da OAB [Felipe Santa Cruz] quiser saber como é que o pai dele
desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a
verdade. Eu conto para ele...”.
A declaração é parte das falas do Presidente que a cada dia revela que ele tem pouco apreço a valores como democracia, liberdade e respeito às pessoas. Acadêmicos, juristas intelectuais e políticos rechaçaram a atitude ao ponto de o jurista Miguel Reali Júnior dizer que o caso não é de impeachment, mas de interdição. Já o Ministro STF Marco Aurélio Melo reagiu de forma vigorosa sugerindo que se colocasse mordaça no Presidente. As reações aos desatinos crescem na medida em que fica clara a incapacidade de Bolsonaro para o cargo. Inabilidade como a demonstrada no caso de Fernando Santa Cruz. Uma demonstração de insensatez e desrespeito aos familiares que lutam há décadas para ter uma resposta do Estado e saber o que aconteceu.
A declaração é parte das falas do Presidente que a cada dia revela que ele tem pouco apreço a valores como democracia, liberdade e respeito às pessoas. Acadêmicos, juristas intelectuais e políticos rechaçaram a atitude ao ponto de o jurista Miguel Reali Júnior dizer que o caso não é de impeachment, mas de interdição. Já o Ministro STF Marco Aurélio Melo reagiu de forma vigorosa sugerindo que se colocasse mordaça no Presidente. As reações aos desatinos crescem na medida em que fica clara a incapacidade de Bolsonaro para o cargo. Inabilidade como a demonstrada no caso de Fernando Santa Cruz. Uma demonstração de insensatez e desrespeito aos familiares que lutam há décadas para ter uma resposta do Estado e saber o que aconteceu.
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