A Igreja Católica se prepara para escolher um novo papa após a morte de Francisco. Agora, com a liderança da Igreja Católica temporariamente vaga, os olhos do mundo se voltam para o Vaticano. Como regra geral da instituição, o conclave, reunião que define o novo líder da instituição, ocorre entre 15 e 20 dias após o falecimento do Papa. Significa que deve ocorrer, portanto, entre os dias 6 e 11 de maio.
O conclave é um dos ritos da Igreja Católica que mais despertam interesse entre os fiéis. Ele acontece na Capela Sistina, no Vaticano, e reúne até 135 cardeais com menos de 80 anos, que têm direito a voto. Eles ficam isolados durante todo o processo, sem contato com o mundo exterior. A votação é feita de forma secreta, com os nomes dos candidatos escritos em cédulas de papel. Eles votam entre si e não podem indicar seus próprios nomes para o cargo. Para ser eleito, o novo papa precisa receber ao menos dois terços dos votos totais.
São realizadas até quatro votações por dia. Se não houver consenso após três dias de conclave, as votações são suspensas por um dia para orações. Se ao final de 34 rodadas de votação o impasse continue, os dois cardeais mais votados vão para uma votação final – e mesmo com apenas dois nomes na disputa, ainda é necessário obter dois terços dos votos para que um novo papa seja eleito.
O mundo acompanha o processo por meio da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina. Ao fim de cada rodada de votação, os votos são queimados e depositados na chaminé. A cor da fumaça indica o resultado. Quando ela é preta, significa que não houve consenso entre o colegiado e não há um papa eleito; já quando é liberada uma fumaça branca significa que um novo pontífice foi escolhido.
Os três últimos conclaves duraram poucos dias: foram necessários três para o escolha do Papa João Paulo II, em 1978, e dois para os Papas Bento XVI e Francisco, em 2005 e 2013, respectivamente.
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