Semana Santa mobiliza fiéis em Bom Conselho com intensa programação religiosa.

A fé ainda move montanhas. E em Bom Conselho ela também movimenta ruas, igrejas e corações. Sob a batuta firme do padre Rivaldo Peixoto, a paróquia de Jesus, Maria e José tem protagonizado uma das mais intensas programações da Semana Santa já vistas nos últimos anos. Desde o último dia 13 de abril, a comunidade católica vive um mergulho profundo no mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, com uma agenda que ultrapassa o rito e adentra a alma do povo.

Do Domingo de Ramos até a Sexta-feira da Paixão, as celebrações tomaram conta da cidade. Foram missas, confissões, procissões e atos litúrgicos que reuniram centenas de fiéis — muitos deles emocionados, outros silenciosos, todos tocados. A juventude fez bonito na via sacra pública, os enfermos receberam atenção especial na santa missa dedicada a eles, e o tradicional ofício de trevas voltou a ecoar entre as paredes da matriz.

Na Quinta-feira Santa, o rito do lava-pés — tão simbólico quanto necessário — lembrou o valor do serviço e da humildade. A adoração ao Santíssimo e a procissão do folgarel mantiveram viva a chama da tradição. A sexta-feira, dia de luto e recolhimento, foi marcada pela via sacra até a ermida de Santa Teresinha e pelas emocionantes procissões com o Senhor Morto e a cruz, que rasgaram as ruas da cidade como um clamor de fé e devoção.

Neste Sábado de Aleluia, a Vigília Pascal promete ser o ponto alto de uma jornada espiritual que já entrou para a memória coletiva da cidade. E no domingo, a Páscoa ressurge não apenas nas liturgias, mas nos corações de uma comunidade que, ano após ano, renova sua fé. Haverá missa na matriz, batizados — inclusive para adultos — e a tradicional procissão com as imagens do Senhor Ressuscitado e de Nossa Senhora do Bom Conselho, da matriz ao colégio que leva o nome da padroeira.

Esse cortejo marca não apenas o encerramento da Semana Santa, mas também o início das festividades em honra à Mãe do Bom Conselho, padroeira da cidade e símbolo de um povo que ainda sabe rezar, caminhar e se emocionar.