Na última quinta-feira, 10 de abril, a gestão do prefeito de Bom Conselho, Dr. Edézio Ferreira, completou seus primeiros 100 dias. É o início de um ciclo que começou com a promessa de “escrever uma nova história” na terra de Papacaça — um compromisso ousado, que exige mais do que palavras: pede ações, planejamento, escuta e, acima de tudo, entrega.
Em um cenário municipal marcado por carências históricas, especialmente nas áreas de saúde e infraestrutura, é visível que a gestão vem buscando marcar território. Os primeiros movimentos foram intensos. Não faltou empenho em mostrar serviço. E aqui é justo reconhecer: há uma tentativa clara de fazer diferente, de imprimir uma nova marca administrativa.
Mas governo não se faz apenas com boa vontade. A política, como a vida, é feita de desafios. E os desafios são muitos. A população exige respostas — rápidas e eficazes. É natural: quem muito promete, muito será cobrado. Os primeiros 100 dias servem como termômetro. E, embora seja cedo para julgamentos definitivos, já é possível observar sinais.
Se por um lado a “pegada” do novo gestor inspira confiança, por outro, há um alerta que precisa ser feito: governar não é só aparecer bem em redes sociais. Marketing político é importante, mas não pode substituir a comunicação institucional. A cidade quer mais do que frases de efeito: quer dados, números, transparência. Quer saber o que está sendo feito com o dinheiro público, quer entender o que virá depois dos sorrisos e das selfies.
Os mais jovens podem até se encantar com o conteúdo das redes, mas o cidadão maduro — aquele que observa, compara e vota consciente — quer conteúdo sólido. Quer informação de verdade. E nesse ponto, a gestão ainda patina. Precisa sair da bolha do digital e alcançar a realidade das ruas, das comunidades, dos bairros que ainda esperam ser vistos.
Em 100 dias, o barco balançou, sim. Mas também navegou. Houve tempestades, naturais a todo início de governo. Mas também chegou a bonança: a sensação de que, se mantido o ritmo e feita a correção de rumos, Dr. Edézio pode, de fato, escrever uma nova história.
Agora, é continuar remando. E com responsabilidade. Porque promessa só vira história se for cumprida. E quem prometeu muito, não pode entregar pouco.
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