quarta-feira, 9 de abril de 2025

Leiam, ao invés de esbravejar.

Vivemos tempos difíceis para o jornalismo sério. Em Bom Conselho, a superficialidade da leitura virou regra. Poucos leem, muitos opinam. Basta uma manchete e pronto: já formaram sua convicção. Não se preocupam com o conteúdo, com a análise, com a informação que está ali, detalhada, explicada, fundamentada.

É triste, mas é real. O hábito de ler foi substituído pelo impulso de reagir. Reagem sem base, criticam sem saber, desconstruindo textos com um simples “eu acho” das redes sociais. É fácil apontar o dedo quando não se tem o cuidado de interpretar uma linha sequer além do título.

E isso tem sido cada vez mais comum, principalmente quando o tema é política. A crítica, nesse caso, ganha contornos de paixão, vira briga, vira grito. Mas quem está gritando, leu o texto? Entendeu o que está escrito? Ou apenas passou os olhos na manchete e saiu em desabafo?

O jornalismo não é feito para agradar, é feito para informar. E informação exige leitura. Leiam. Interpretem. Concluam com base no que foi dito, e não no que vocês acham que foi dito. A leitura é um ato de respeito – com o texto, com o autor, com a verdade.

Como dizia um velho amigo: a leitura engrandece a alma.

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