O salário mínimo sobe pela segunda vez este
ano a partir deste sábado (1º), e passa a ser de R$ 1.045. A nova alta foi
publicada na sexta-feira no Diário Oficial. O valor a partir deste segundo mês
do ano representa uma alta de 4,7% em relação aos R$ 998 vigentes ao longo de
2019.
Em 31 de dezembro de 2019, uma medida
provisória estipulou para 2020 o valor de R$ 1.039, uma alta de 4,1%,
equivalente à projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC) – que considerou os valores apurados para os meses de janeiro a novembro
e, para o mês de dezembro, a mediana das projeções de mercado levantadas pelo
último Boletim Focus do Banco Central, sem ganho real.
Ao ser divulgado em janeiro, no entanto, o
indicador ficou em 4,48%, acima do estimado inicialmente. Para evitar que o
salário tivesse uma correção abaixo da inflação, o presidente Jair Bolsonaro
determinou uma nova alta no valor, para R$ 1.045. Essa alta, no entanto, só
vale a partir de fevereiro. Assim, o país ficou com o salário mínimo de R$
1.039 válido apenas para janeiro.
O cálculo do novo salário, porém, foi feito
sobre R$ 999,91 e não sobre R$ 998. A diferença entre os dois valores é uma
compensação feita pelo governo porque a inflação de 2018 ficou ligeiramente
acima da prevista para aquele ano até a data da definição do salário que
vigorou em 2019.
De acordo com o Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor do salário mínimo
serve de referência para 49 milhões de pessoas. De acordo com cálculos do
governo, o aumento de cada R$ 1 no salário mínimo implica despesa extra em 2020
de aproximadamente R$ 355,5 milhões. Com o reajuste para R$ 1.045, o impacto
estimado é de R$ 2,3 bilhões.
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