quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Mais armas, mais violência, por Alexandre Piúta.

A população acompanha diariamente a notícia sobre o aumento de mortes por arma de fogo. Blogs, jornais, tvs e rádios foram transformados em centrais boletins de ocorrências para divulgar o horror do crime a cada dia. TVs contratam apresentadores bizarros para tripudiar e chafurdar o morto até o limite. Tudo sob o argumento de que é trabalho para combater o crime. O que é uma mentira. A preocupação desse pessoal é apenas faturar com a situação.

O atual o governo elegeu como tema de sua agenda a liberação de armas. Para isso já editou 08 decretos desde janeiro, sendo quatro deles revogados a partir da reação da sociedade e da ameaça de vedação pelo STF. Mas o governo não cansa, em 30 de setembro editou novo decreto, decreto que começa a ser questionado pois, segundo especialistas, abre brecha para a compra de fuzis automáticos, do tipo Colt AR15, de fabricação americana.

A busca desenfreada para liberar todo tipo de arma é a saga do atual Presidente desde que era parlamentar. Este novo decreto é mais uma tentativa de burlar a legislação e permitir a acesso indiscriminado a armas. Situação que preocupa, pois vivemos num país que nada de tem de calmo, onde são comuns as desavenças com finais infelizes para muitas pessoas.

Definitivamente, não faz sentido que um país onde se mata mais de 65 mil pessoas por ano como armas de fogo, número maior do que qualquer outro país no mundo, mesmo os que estão em guerra, se pense em liberar mais armas de forma indiscriminada. Liberar armas não é a solução para diminuir a violência que o país vive.

A violência tem origem em fatores como desigualdade social, miséria, discriminação entre outros males. Para diminuí-la depende de políticas de governo capazes de incluir as pessoas a partir de diminuição do nível de pobreza. O Armamento generalizado da população somente aumentará a estatística de mortes no país.

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