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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Divórcios explodem na pandemia e ditam mudanças comportamentais no convívio.

Não foi só nas rotinas profissionais, com a popularização do trabalho home office, que a pandemia impôs mudanças comportamentais. As relações pessoais e familiares sofreram graves abalos e o resultado foi o aumento de 15% nos divórcios nos últimos seis meses.

Levantamento feito pelos cartórios do Brasil aponta que o segundo semestre de 2020 teve recorde no número de dissoluções matrimoniais. Foram quase 44 mil contra os 38 mil 200 pedidos de separação no ano anterior. Mas o excesso de convivência durante o distanciamento social não foi o único fator responsável pelo rompimento das relações amorosas. A tecnologia pode ter contribuído por facilitar a burocracia dos processos, dizem os especialistas. Exemplo disso é a plataforma e-Notariado, que permite abrir um pedido de separação pela internet.

Santa Catarina ocupa a primeira posição no ranking, com aumento de 95% dos que decidiram voltar à condição de solteiros. Em Rondônia, Acre e Mato Grosso do Sul os pedidos de divórcio beiraram ou ultrapassaram 50% no ano passado. Goiás, Minas, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e outros seis estados também tiveram aumento significativo em relação a 2019.

Os que menos se divorciaram foram casais dos estados de Amapá, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Tocantins. Vale lembrar que para realizar o divórcio em cartório de notas, a decisão deve ser de comum acordo do casal, que não pode ter filhos menores ou incapazes. E nenhuma das partes pode ter pendências judiciais.

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