É possível que, se houverem eleições em
2018, o eleitor se depare com partidos “novos” e tenha a impressão que novos
quadros estejam surgindo na política. Não se engane. Ao menos cinco partidos já
tem planos de mudar de nome pra, diante da crise política e das denúncias de
corrupção crescendo cada vez, conseguir se manter no poder, ludibriando o
eleitor.
Se você não tem aptidão pelo Democratas
(DEM), por exemplo, não caia na roubada. Essa legenda é especialista em mudar
de nome. Antigo Arena, partido que reuniu nomes importantes da ditadura
militar, se tornou, nos anos 90, o PFL, agremiação do ex-delegado de polícia e
chefe do DOPS, Romeu Tuma. Nos anos 2000, virou o atual democratas, partido de,
por exemplo, Ronaldo Caiado, Rodrigo Maia e Mendonça Filho. A ideia agora é, em
2018, mudar de nome para MUDE – Movimento da Unidade Democrática. Mais do
mesmo.
E se em 2018 você ver candidatos
concorrendo pelo Podemos, não se iluda: não é uma filial do partido de esquerda
espanhol no Brasil. É só o antigo PTN (Partido Trabalhista Nacional), que já
acolheu Celso Pitta, que resolveu dar uma “repaginada”. O possível novo partido
Avante, pelo nome, pode parecer uma agremiação progressista ou de esquerda.
Mas, novamente é uma roubada. É só o possível novo nome do PTdoB (Partido
Trabalhista do Brasil), partido nanico que de trabalhista não tem nada.
O PSL (Partido Social Liberal), outro
nanico, possivelmente sairá em 2018 com o nome de Livres. A legenda, no
entanto, só tem de “livre” o livre mercado: trata-se de uma reunião dos mais
ferrenhos neoliberais, funcionários dos interesses do mercado. Por fim, o PEN
(Partido Ecológico Nacional), que nunca teve relevância alguma na área da
ecologia, passará a se chamar Patriotas, apenas para poder acolher o seu mais
ilustre recém-filiado, o deputado federal Jair Bolsonaro.
2018 vem aí com a nova velha política.
Do Site Brasil247
Por Ivan Longo,
da Revista Fórum
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