O Campeonato Carioca pode ser o primeiro,
dos grandes estaduais do País, a ser retomado, após a parada por conta do
coronavírus. A discussão é polêmica, envolve esporte, saúde e política e deve
dar o que falar, nos próximos dias. De um lado, Flamengo, Vasco, Prefeitura do
Rio e Governo Federal estão entre os que acreditam ser possível retomar o
Campeonato. Do outro, Fluminense, Botafogo e algumas autoridades estaduais
pedem calma.
Na semana passada, os presidentes de
Flamengo e Vasco, Rodolfo Landim e Alexandre Campello, foram até Brasília, para
uma conversa com o presidente da República, Jair Bolsonaro. A tentativa de
acelerar a volta dos jogos gerou críticas e fez com que o dirigente rubro-negro
soltasse uma nota, nesta semana, para dizer que o País está doente, e que não
falava da Covid, mas da intolerância política.
Já Bolsonaro usou uma rede social para
deixar claro ser favorável à retomada do esporte. A conversa entre Bolsonaro e
Marcelo Crivella pelo jeito funcionou. No começo desta semana, o prefeito do
Rio disse que os treinos podem voltar na semana que vem, com a retomada dos
jogos, sem torcida, em julho ou antes, com base no avanço do coronavírus. Crivella
ainda disse que a fisioterapia com bola está liberada, o que abriria espaço
para as atividades que o Flamengo já voltou a realizar, mesmo sem autorização.
Fato é que a disputa nos bastidores dos
clubes segue intensa, literalmente, em clima de Fla-Flu. Os presidentes dos
dois rivais, afirmam, com argumentos diferentes, que o futebol tem que dar
exemplo. E em meio a tantas polêmicas, o Campeonato Carioca completa dois meses
e meio de paralisação. E enquanto dirigentes e políticos discutem, vale
lembrar, se é que alguém esqueceu: ele foi interrompido na quarta rodada da
Taça Rio. Flamengo e Fluminense lideravam seus grupos, enquanto Vasco e
Botafogo estavam fora da zona de classificação. Na Taça Guanabara, o
rubro-negro ficou com o título.
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