sexta-feira, 15 de maio de 2020

Mais de 50 mil pessoas podem ter deixado de ser diagnosticadas com câncer durante a pandemia.

Pacientes com câncer, gestantes e portadores de doenças crônicas têm deixado de fazer exames, desde que começou a quarentena de prevenção à Covid-19. O volume foi reduzido em até 90%, de acordo com levantamento das Sociedades Brasileiras de Cirurgia Oncológica e de Patologia, divulgado pelo G1.

A estimativa é que de 11 de março a 11 de maio, 50 mil pessoas deixaram de ser diagnosticadas com câncer por falta de exames. Na rede pública de São Paulo, por exemplo, nas dez semanas foram feitas cinco mil 940 biópsias. Só para se ter uma ideia da redução, no mesmo período de 2019 o número chegou a 22 mil 680.

O médico da Sociedade Brasileira de Patologia, Clóvis Klock, alerta que além de prejudicar a saúde do paciente, o diagnóstico tardio deverá afetar a economia. O especialista lembra que a demora na realização dos exames poderá resultar em tratamentos mais complexos e caros no futuro.

O cancelamento e adiamento de procedimentos agendados na rede pública de saúde ocorre pela necessidade de isolamento social, além da prioridade dada aos casos do novo coronavírus (Covid-19).

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