O Brasil se prepara para lançar, no máximo em dois anos, o Real digital, moeda virtual que vai concorrer com criptomoedas que circulam no mundo virtual, como o bitcoin. O Banco Central divulgou diretrizes gerais para essa unidade monetária que promete baratear as operações de pagamentos e ampliar possibilidades de transações.
Especialistas consideram que a moeda digital deve acompanhar o dinamismo e evolução tecnológica da economia brasileira. O Banco Central vai funcionar como um depositário para quem quiser guardar dinheiro e realizar operações no varejo, como pagar contas, realizar operações online como transferências.
Diferente das criptomoedas existentes, o real digital não circulará entre pessoas sem a intermediação do sistema bancário. É ele quem dará o lastro ao dinheiro virtual, inclusive as garantias, de acordo com normas internacionais, para prevenção de riscos, como lavagem de dinheiro, financiamento de atividades terroristas e de proliferação de armas de destruição em massa.
A criação da moeda também será discutida com a sociedade, por meio de seminários que o Banco Central vai realizar. Ainda não se sabe se um real digital valerá exatamente o mesmo em moeda física. O que o Banco Central pretende é permitir que as versões sejam compatíveis e possam, por exemplo, ser convertida em dinheiro em espécie.
O Brasil se junta a outros países que também estudam lançar suas formas monetárias digitais, como China, Estados Unidos, Suécia e Coreia do Sul, com projetos em andamento, além de Bahamas, que já lançou o sand dollar, em outubro do ano passado.
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