No alto do seu charme peculiar, o Castelo do Rei Jadir, um dos símbolos da cidade de Bom Conselho, voltou a abrir suas portas para a cultura nordestina neste mês de junho, promovendo mais uma edição do já consagrado São João do Castelo.
O evento, que a cada ano ganha ainda mais corpo e coração, reuniu forrozeiros de todas as idades, mantendo acesa a chama da tradição junina na Terra de Papacaça. Como de costume, o ponto alto da noite foi a quadrilha improvisada, momento que transforma o pátio do castelo num verdadeiro terreiro de alegria, sotaque e raízes populares.
Mais do que um festejo, o São João do Castelo se consolidou como um ato de resistência cultural. Em tempos de pasteurização de festas e distanciamento das raízes nordestinas, a iniciativa representa um respiro autêntico daquilo que somos e celebramos.
A realização da festa só foi possível graças à união de esforços. A organização contou com o apoio de parceiros tanto da iniciativa pública quanto privada, mostrando que, quando há compromisso com a cultura, os apoios se somam e o resultado aparece em forma de festa cheia, povo animado e tradição respeitada.
O público compareceu em bom número, lotando os espaços do castelo e tornando a noite ainda mais especial. Mais uma vez, a festa não deixou a desejar — foi, como se diz no matuto, “arretada de boa”. E, ao que tudo indica, continuará sendo. Porque enquanto houver sanfona, xote e vontade de manter a história viva, o São João do Castelo terá lugar garantido no coração de Bom Conselho.
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