Quem esteve na primeira noite do ForróBom 2025, na sempre festeira Bom Conselho, presenciou não apenas o tradicional calor do evento junino da terra de Papacaça, mas também um episódio que virou assunto de esquina, de bar e de rede social. O protagonista? Ninguém menos que Pablo, o autointitulado Rei da Sofrência — que desta vez, ao invés de chorar por amor, gritou por raiva.
No meio do show da quarta-feira (18), o cantor baiano foi flagrado perdendo a compostura e soltando um palavrão daqueles, com endereço certo: um homem da plateia que, segundo a assessoria de imprensa do artista, teria erguido o famigerado dedo médio em direção ao palco. Uma grosseria respondeu à outra, num duelo de grosserias sem graça.
É evidente que o artista é humano, tem sangue quente e pode, sim, se irritar. Mas o palco exige mais do que voz afinada e repertório decorado — exige profissionalismo e frieza diante das provocações. Pablo, acostumado aos holofotes e multidões, não é iniciante. E num evento como o ForróBom, com três décadas de história, o maior do Agreste Meridional e um dos mais respeitados do interior de Pernambuco, a última coisa que o público espera é ver a sofrência dar lugar à baixaria.
Até o momento, o cantor segue em silêncio. Talvez na esperança de que o assunto morra sufocado pela agenda lotada de São João. Mas em tempos de internet, onde todo deslize vira manchete e todo vídeo vira meme, o silêncio pode soar como soberba. Não custa nada — ao contrário, só soma — reconhecer o exagero e pedir desculpas ao grande público que ficou horas em pé para vê-lo cantar, e não xingar.
A terra de Papacaça merecia mais respeito. O povo forrozeiro, também. E mais: o cantor Pablo recebeu nada menos que R$ 550 mil de cachê para se apresentar no evento — é, a atração mais cara do ForróBom 2025. Com um valor desses, o mínimo que se espera é entrega, simpatia e, acima de tudo, respeito ao público. Afinal, quem paga — direta ou indiretamente — é o povo.
Veja no vídeo abaixo o momento do xingamento feito pelo cantor Pablo:

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