Pela primeira vez desde que assumiu a
seleção brasileira, há cerca de dois anos, o técnico Tite está tendo de
conviver com a tensão. A estreia do Brasil na Copa do Mundo com futebol abaixo
do esperado, o esquema de jogo que não funcionou, as incertezas sobre Neymar e
a necessidade de vencer a Costa Rica nesta sexta-feira, 23, fazem com que o
treinador experimente o primeiro momento real de desconforto no cargo.
No jogo contra a Suíça, o semblante fechado
de Tite no segundo tempo e até mesmo o olhar quase passivo nos minutos finais
de partida para um time que não conseguia se impor em campo eram a antítese do
técnico que, nos últimos 21 meses, praticamente só conheceu vitórias à frente
da seleção. Depois daquele jogo, Tite não escondeu que esperava melhor
rendimento do Brasil.
Tite assumiu a seleção em junho de 2016 com
a missão de ser salvador. A equipe estava em sexto nas Eliminatórias e
estrearia o novo técnico no confronto fora de casa contra o então líder, o
Equador. A expectativa era somente começar bem. Um empate bastaria. A vitória
por 3 a 0 abriu caminho para a consolidação do status de que o técnico é, de
fato, um salvador da Pátria.
Depois de 22 jogos no cargo, a pressão e a
cobrança finalmente chegaram. O futebol que encantou e dominou os adversários
nas Eliminatórias deu lugar a uma atuação insegura no primeiro jogo da Copa.
Após muito tempo, o treinador começou a conviver com as primeiras críticas e
lidar com atuações ruins. Situação inédita.
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