O consumidor deve preparar o bolso porque a
conta de luz vai ficar mais cara nos próximos meses, reflexo das previsões de
menos chuvas na região dos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de
geração de energia do país. Com isso, entra em vigor a chamada bandeira vermelha – mecanismo
criado para sinalizar ao cliente eventuais reduções na oferta de energia.
A bandeira tarifária vermelha nível 2, que
já foi acionada em junho, acrescenta 5 reais às contas de luz a cada 100
kilowatts-hora consumidos. Significa dizer que haverá um adicional de 1,5% no
valor da tarifa. O acréscimo deve ser pago pelos consumidores até novembro,
quando começam as chuvas e as cobranças tendem a voltar para a bandeira verde.
O sistema de bandeiras – verde, amarela,
vermelha 1 e vermelha 2 – é usado para indicar o patamar tarifário da conta de
luz. Exceto pela verde, na qual não há cobrança extra, a tarifa fica mais cara
na vigência das demais. A medida é uma forma de compensar o acionamento das
usinas termoelétricas, cuja operação é mais cara, em momentos em que os
reservatórios estão em níveis baixos.
Nos últimos três anos, a conta de energia
elétrica residencial subiu 13,7% acima da inflação, conforme estudo realizado
pela Safira Energia. Entre fevereiro de 2015 e maio de 2018, o Índice de Preço
ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, acumulou variação de 19,7%. No
mesmo período, a energia elétrica residencial subiu 33,4%.
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