A eleição municipal de 2024 bateu recorde de violência política no Brasil. Entre julho e setembro deste ano, foram 338 episódios, o maior número desde 2019, início da série do Observatório de Violência Política e Eleitoral no Brasil, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
Na comparação com 2022, ano de eleição para Presidente, governadores e deputados estaduais e federais, o aumento é significativo: no mesmo período daquele ano foram 263 casos de violência política no Brasil. Vale destacar que o período analisado, de julho a setembro, corresponde à fase de definição de candidaturas e campanha eleitoral formal.
Segundo o observatório, houve casos em todas as unidades da federação – com exceção do Distrito Federal, que não tem eleições municipais e não registrou nenhum caso no período em questão. O estado com maior número de agressões políticas entre junho e setembro deste ano foi São Paulo, com 58 episódios, seguido do Rio de Janeiro, com 47. Bahia, Ceará e Paraíba empatam em terceiro lugar, com 23 casos cada.
Vale ressaltar que o estudo em questão considera agressões contra pré-candidatos, candidatos, ocupantes e ex-ocupantes de cargos públicos, sem considerar casos envolvendo eleitores. A maioria das vítimas são lideranças que concorrem neste pleito municipal. O tipo de agressão mais frequente pé violência física. Foram 179 episódios em todo o Brasil, incluindo 55 tentativas de homicídio e 33 assassinatos consumados. Desde 2019, o Observatório já contabilizou 2 mil 673 episódios de violência política em todo território nacional.
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