Por Alexandre Piúta - Na quarta-feira, dia 15, estudantes de
todo o país ocuparam as ruas para protestar. O tema central foi o corte de
verbas para as universidades e escolas federais, mas, para quem acompanha as
ações do governo desde o início do ano, o protesto pode ter sido resposta mais
ampla.
O antropólogo e educador, Darcy Ribeiro, em
uma de suas declarações disse que “só há duas opções nesta vida: se resignar ou
se indignar. E eu não vou me resignar nunca.” Mais de um milhão de pessoas no
país disseram que não estão satisfeitos com o obscurantismo que se pretende
impor na academia. As universidades federais, quer se queira ou não, são
responsáveis por mais de 90% de toda a pesquisa do país. E, negar isso
representa atraso e desconhecimento em todos os sentidos.
As manifestações dos estudantes representam
também insatisfação com a decisão que discrimina os cursos de filosofia e de
sociologia, um atraso quando se pensa o mundo, pois não há universidade
respeitada que não tenha nas ciências humanas um ponto forte. Área responsável
por estudar a sociedade, movimentos políticos, sociais, etc, para entender o
mundo que nos cerca. O pensar acadêmico não pode ser monitorado
ou cerceado. E, dizer que uma doutrina não pode, mas que outro obrigatória é
autoritário e, do mesmo modo, representa perseguição a quem pensa diferente.
Os estudantes protestaram contra a declaração do governo taxando os estudantes de “idiotas úteis e de imbecis”, declaração absurda sobre qualquer ótica. Do Presidente da república o que se espera é a tolerância para entender os direitos resguardados na Constituição. E que, o direito à livre manifestação é um deles. A juventude tem na rebeldia um sentimento comum, típico de seu tempo. Em muitos momentos da história foi esse sentimento, que mostrou aos que não acreditavam ser possível alterar o “status quo” o caminho para denunciar abusos. Abusos como incitação a desrespeito a professores, a denúncias dos que pensam diferente, a reintrodução nas escolas de temas e de métodos educacionais ultrapassados nas grades curriculares.
Os estudantes protestaram contra a declaração do governo taxando os estudantes de “idiotas úteis e de imbecis”, declaração absurda sobre qualquer ótica. Do Presidente da república o que se espera é a tolerância para entender os direitos resguardados na Constituição. E que, o direito à livre manifestação é um deles. A juventude tem na rebeldia um sentimento comum, típico de seu tempo. Em muitos momentos da história foi esse sentimento, que mostrou aos que não acreditavam ser possível alterar o “status quo” o caminho para denunciar abusos. Abusos como incitação a desrespeito a professores, a denúncias dos que pensam diferente, a reintrodução nas escolas de temas e de métodos educacionais ultrapassados nas grades curriculares.
Os estudantes foram às ruas na quarta-feira
e fizeram a seu modo, como é próprio da juventude, com barulho e cores para
dizer que é preciso diálogo para entender o que é prioritário para as pessoas,
para o orçamento nacional e à educação. Em outras palavras fizeram o mestre
Darcy Ribeiro ensinou: mostraram a indignação ante as seguidas provocações.
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