Sexta-feira, dia 13, a cidade ficou triste,
eu de modo particular, pois Peroba, foi uma pessoa muito importante para mim.
Ele me apoiou e me recomendou quando fui avaliado para ser menor aprendiz no
Banco do Brasil. Mas, ele fez mais que isso, me acolheu na sua própria casa na infância
no tempo de estudante, quando passava por período de dificuldade.
Como músico, Basto Peroba foi muito além da
fronteira de nossa cidade, sendo reconhecido na arte de manejar a sanfona por
nomes como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Caçulinha e profissionais de Pernambuco
e estados vizinhos.
O reconhecimento de Dominguinhos, seu
contemporâneo de infância, se dava nas vezes que parava na sua casa e nas
muitas vezes que dividiu o palco tocando juntos, também nas vezes que tocou com
Luiz Gonzaga. E ainda, por onde ele passou como músico tocando com sua banda em
clubes durante toda a sua vida. Em muitos deles sendo presença certa nas festas
juninas por décadas, realizando um trabalho digno de nota e reconhecimento para
a cultura de todo o nordeste.
Na nossa cidade todos tivemos o privilégio
de conviver e testemunhar a sua habilidade ouvindo-o tocar nas festas, bailes
de juninos. Peroba, era pessoa sempre disponível para mostrar o amor que tinha
por sua arte que abraçou.
A ida do nosso maior sanfoneiro no mesmo
dia do aniversário de Luiz Gonzaga é uma coincidência que parece ser um chamado
para os dois se juntarem a nomes como Dominguinhos e Pedro Sertanejo numa roda
de grandes sanfoneiros no andar de cima. A você, Basto Peroba, o meu
agradecimento por tudo, pelas noites de animação que fez para muitos e pela
pessoa que foi enquanto esteve por aqui.
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