A cidade de Bom Conselho poderá ser contemplada com uma expressiva parcela de R$ 37.830.057,57, caso avance o processo de concessão da Compesa – Companhia Pernambucana de Saneamento. O valor representa uma estimativa de investimento direcionado ao município dentro da nova modelagem do projeto de regionalização do saneamento básico em Pernambuco.
O tema será pauta de reunião decisiva marcada para a próxima terça-feira, 1º de julho, quando os comitês gestores das duas microrregiões de água e esgoto do Estado – a do Sertão e a da Região Metropolitana do Recife e Pajeú – se reúnem para deliberar sobre a concessão da estatal.
Na ocasião, os colegiados irão avaliar o processo licitatório que poderá transferir para a iniciativa privada a operação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, com foco na universalização e melhoria dos serviços. O edital foi recentemente modificado após sugestões oriundas da consulta pública, cujas contribuições foram acolhidas pelo Governo do Estado, evidenciando uma tentativa de tornar o processo mais transparente e participativo.
O novo modelo de concessão tem o potencial de destravar investimentos em municípios que hoje enfrentam sérias dificuldades no acesso à água tratada e ao saneamento adequado. Em Bom Conselho, os recursos previstos, se confirmados, representarão um salto qualitativo nas políticas de infraestrutura hídrica, beneficiando milhares de moradores que ainda convivem com a irregularidade no abastecimento e com a ausência de coleta e tratamento de esgoto.
A concessão, no entanto, não é consenso entre todos os segmentos. Enquanto setores apontam ganhos em eficiência, ampliação da cobertura e geração de empregos, outros alertam para riscos de aumento de tarifas e perda de controle público sobre um serviço essencial.
A expectativa agora gira em torno do posicionamento dos comitês e da condução política do Governo do Estado frente ao impasse. A próxima terça-feira promete ser um marco importante na reconfiguração do saneamento em Pernambuco – e os olhos de Bom Conselho estão atentos. Afinal, R$ 37 milhões não se veem todos os dias.
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