A tão badalada Copa do Mundo de Clubes da FIFA chega neste fim de semana à fase de oitavas de final. E, ao contrário do que muitos pessimistas de plantão poderiam imaginar, o Brasil está muito bem representado. Os quatro clubes brasileiros seguem vivos na competição, firmes, fortes e com futebol de respeito. Em tempos de Seleção Brasileira capengando, tropeçando em amistosos e se arrastando em eliminatórias, são os clubes que estão salvando a alma do torcedor.
Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Fluminense — esse quarteto tem dado orgulho ao Brasil. Não é exagero dizer que eles estão carregando nas costas o que restou da credibilidade do nosso futebol no cenário internacional. Na fase de grupos, foram atuações que levantaram a autoestima do mais pessimista torcedor. O Palmeiras, em um grupo com o Inter Miami de Messi e o Porto, cravou a primeira colocação. O Flamengo, outro gigante, não se intimidou diante do Chelsea e também terminou na liderança do seu grupo. Já Botafogo e Fluminense, mesmo com pedreiras no caminho — PSG, Atlético de Madrid, Borussia Dortmund — mostraram coragem e avançaram com méritos.
Agora, os confrontos são de gente grande. Palmeiras e Botafogo fazem um duelo verde e preto no sábado, 28, um tira-teima nacional em solo internacional. No domingo, 29, o Flamengo tem pela frente o poderoso Bayern de Munique — teste de fogo que pode colocar o rubro-negro de vez entre os gigantes globais. E na segunda, 30, o Fluminense encara a Internazionale de Milão com toda a malemolência do futebol carioca misturada à seriedade do técnico Renato Gaúcho.
É o futebol brasileiro mostrando que não morreu. Que a síndrome do vira-lata não tem vez, ao menos no cenário dos clubes. A Seleção ainda busca rumo, parece um navio à deriva em mar revolto. Mas os clubes... Ah, os clubes! Estes estão mostrando raça, talento, tática e coração. A alma do futebol brasileiro está viva — e pulsa nos estádios da Copa do Mundo de Clubes.
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