Para discutir ações de preservação do meio
ambiente não é preciso ir muito longe. Basta olhar no nosso entorno, na nossa
cidade que logo se percebe a necessidade de pontos que cobram a atenção. Sobre
o tema já escrevi mais de uma vez, também conversei com gestores municipais
sobre a importância de olhar para o meio ambiente do município. Vivemos numa
região com escassez de água. Mesmo assim, o tema parece não ser preocupação
para muitos. Costumamos dizer que temos água de sobra. Contudo, penso que temos
água suficiente para suprir nossas necessidades e ajudar a cidade a
desenvolver. Isto, se bem manejada.
Para encontrar soluções duradouras é
preciso primeiro reconhecer que a região de mata do município precisa de
cuidados adicionais. Mas a preservação é para ser uma questão que preocupe as
autoridades. Os mais velhos são conhecedores de que Bom Conselho já foi
produtor de café. Tenho isso como lembrança do sítio de meu pai, aos 8 anos de
idade. Também já cultivamos cana de açúcar, já tivemos pequenos engenhos de
rapadura. Lembro um no sítio Canto Escuro, se não me falha a memória. Mas, para
que essas reminiscências? Esta é a questão. Ou seja, lembrar de que é necessária
a preservação. Na própria cidade há exemplos dessa necessidade. O esgoto que
corre sem nenhum tratamento do Rio Papacacicnha é um deles. O Riacho Lava-Pés é
outro exemplo, ele vem da região da caixa d’água, foi canalizado sem qualquer
avaliação das conseqüências das alterações realizadas para a construção de
imóveis no leito do rio que passa ao lado do mercado de carne.
O nosso verão é muito quente e, mesmo
assim, a cidade tem poucas árvores na área urbana, sendo é comum a decisão de
se cortar árvores sem qualquer acompanhamento ou orientação do poder público.
As podas deixam as árvores sem nenhuma folha. Em resumo, é necessário política
de arborização das áreas urbanas, é desse modo que funciona na maioria das
cidades. Os exemplos mostram que há necessidade de pensar medidas para mapear e
proteger as nascentes e ainda para reflorestar áreas que possam proteger
mananciais. É preciso cuidar e controlar o manejo dos recursos hídricos,
acompanhar o cumprimento dos limites estabelecidos nas outorgas. Avaliar e
projetar necessidades para solicitar outorgas preventivas no maior manancial da
cidade, a represa do Bálsamo. Há, portanto, uma agenda que precisa ser pensada
e, fazer isso, é pensar futuro da cidade.
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