Adeus a Jorge Soares, voz marcante do rádio de Bom Conselho e do interior de Pernambuco.

Faleceu na segunda-feira, dia 28, o radialista Jorge Soares, aos 62 anos, deixando um legado inesquecível para o rádio pernambucano, especialmente no interior do Estado. Natural de Belo Jardim, Jorge chegou a Bom Conselho no início dos anos 2000, trazendo na bagagem o talento nato para a comunicação e uma voz inconfundível que rapidamente conquistou os ouvintes da terra de Papacaça.

Sua trajetória no município se entrelaça com a própria história do rádio local. Foi na Rádio Comunitária Bom Conselho FM — que à época retornava ao ar — que Jorge encontrou espaço para exercer, com maestria, sua vocação. Ali, deixou sua marca com programas que aliavam informação, música e um profissionalismo que ultrapassava os microfones. Teve ainda uma rápida, porém significativa, passagem pela Rádio Papacaça, à época ainda AM, hoje FM, ampliando seu raio de atuação e reforçando seu nome como um dos grandes nomes da comunicação local.

Jorge Soares estava internado no Hospital Regional de Arcoverde, em decorrência de problemas de saúde que infelizmente o levaram a morte. Jorge seguia na ativa, atuando na Belo Jardim FM, o que só reforça o seu compromisso e paixão pelo rádio — não apenas como profissão, mas como missão de vida.

A sua partida representa uma lacuna imensa no rádio interiorano. Perdemos mais do que um comunicador talentoso; perdemos uma referência, um mestre da palavra, alguém que sabia usar o microfone para informar, entreter e emocionar. Deixou saudades entre os fãs, ouvintes e companheiros de profissão que tiveram o privilégio de conviver e aprender com ele. Eu, particularmente, tive a honra de dividir bancada com Jorge Soares na Rádio Papacaça.

Em tempos de tanta aridez no conteúdo radiofônico, profissionais como Jorge Soares fazem falta. Sua morte não silencia apenas um locutor, mas cala um dos grandes narradores do cotidiano interiorano. Fica o exemplo, a lembrança e a saudade.

Que Jorge Soares descanse em paz, com a certeza de que sua voz continuará ecoando na memória daqueles que, um dia, sintonizaram o rádio e encontraram nele mais do que um comunicador — encontraram um amigo.