Incêndio em galpão da Prefeitura de Bom Conselho foi criminoso, conclui Polícia Civil.

Em laudo pericial conclusivo entregue na quarta-feira, 30 de julho, a Polícia Civil de Pernambuco, por meio da Delegacia de Bom Conselho, confirmou o que já era temido pela população: o incêndio que destruiu 16 veículos da frota municipal foi provocado de forma criminosa. O documento técnico descarta totalmente a hipótese de causas acidentais, como curto-circuito ou falhas elétricas, reforçando que o fogo teve início intencional e se alastrou a partir de mais de um ponto de origem.

O caso, que ocorreu na madrugada do dia 20 de junho, chocou a cidade pelo estrago e pela ousadia. Ônibus escolares, caminhões, retroescavadeira e tratores foram consumidos pelas chamas no galpão da prefeitura, localizado na área urbana da cidade. As imagens do fogo em alta proporção viralizaram nas redes sociais e despertaram comoção e indignação em toda a região.

De acordo com o laudo pericial, não houve qualquer indício de falha no sistema elétrico dos veículos ou no prédio, e a dinâmica da propagação das chamas apontou que houve ação humana deliberada. O relatório ainda destaca que o fogo teve múltiplos focos iniciais — o que descarta por completo a possibilidade de combustão natural, e que o vento não contribuiu para a expansão do incêndio.

Com a conclusão técnica, a investigação entra agora em nova fase: identificar quem foi o autor — ou os autores — do crime. A Polícia Civil segue apurando o caso, ouvindo testemunhas e buscando provas que levem aos responsáveis, para que sejam responsabilizados conforme a lei.

O incêndio representou não apenas um prejuízo material significativo para os cofres públicos, mas também afetou diretamente serviços essenciais, como transporte escolar. A gestão municipal, que recebeu o laudo de forma oficial, aguarda o desfecho das investigações com a expectativa de que o caso não fique impune.

Em tempos em que o poder público é cada vez mais desafiado por ações criminosas e atos de sabotagem, o episódio em Bom Conselho acende o alerta: é preciso rigor na apuração, responsabilidade institucional e resposta firme do Estado para garantir que atos dessa natureza não se repitam.