Na pacata — mas politicamente efervescente — cidade de Terezinha, a eleição de 2024 parece que não terminou. Pelo contrário: segue como um folhetim em capítulos diários, digno de novela das nove da Globo. A política por lá é respirada de manhã, à tarde e à noite. E o episódio mais recente que agitou os bastidores foi a confirmação de importantes adesões ao grupo do prefeito Arnóbio Gomes, que governa a cidade com mão firme e articulação afiada.
O anúncio oficial da chegada de nomes até então ligados à oposição liderada pelo ex-vereador Adriano Campos, segundo colocado na disputa passada, caiu como uma bomba no cenário político local. Entre os novos integrantes do grupo governista, estão o ex-vereador e atual suplente Bambão do Gás, a ex-candidata Cristina de Juvenal e o líder comunitário Pavão — todos protagonistas da chapa oposicionista no último pleito.
Mas o movimento que mais chamou atenção foi a chegada do vereador Ricardo de Nadja, eleito pela oposição, que agora desembarca de vez no barco comandado por Arnóbio Gomes. A adesão, considerada estratégica, reforça ainda mais a base do atual gestor na Câmara Municipal.
Nos bastidores, as movimentações não param. De um lado, a oposição articula, anuncia ações e busca apoios para manter o fôlego. Do outro, o grupo governista colhe os frutos da gestão e amplia sua aliança com olhos bem atentos para 2028. A eleição está distante no calendário, mas bem próxima no discurso, nas conversas de calçada, nos grupos de WhatsApp e nas mesas de bar.
Se depender do ritmo atual, Terezinha viverá, nos próximos anos, uma pré-campanha permanente. A cidade não dorme sem falar de política, não acorda sem comentar a última adesão, e segue mergulhada num clima eleitoral que insiste em não se dissipar. E ao que tudo indica, os próximos capítulos ainda prometem muito mais reviravoltas.

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