A Câmara dos Deputados aprovou na noite de
domingo, dia 17, a admissibilidade do processo de impeachment contra a
presidenta Dilma Rousseff, fechando uma disputa entre os deputados federais que
durou cinco meses e que teve como principal estrela o presidente da Casa,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por acolher o processo em retaliação a uma
disputa com o PT.
Após dias de uma batalha psicológica entre
governistas e oposição a respeito do apoio parlamentar, Dilma Rousseff sofreu
uma derrota dura. O 342º voto, o mínimo necessário, veio por meio de Bruno
Araújo (PSDB-PE). Foram 367 votos contra ela e apenas 137 votos a favor,
com 7 abstenções e duas ausências. Eram necessários 342 votos, ou dois terços
da Câmara, para admitir o processo.
Agora, o processo segue para o Senado que,
conforme definido pelo Supremo Tribunal Federal, deve definir se há razões
para a continuidade da ação. O pedido de impeachment deve ser lido em plenário
na terça-feira, 19. Na sequência, a Casa criará uma comissão especial que
deverá analisar o caso e produzir um parecer. Este relatório será votado pelo plenário e,
se aprovado por metade dos senadores, Dilma Rousseff será afastada por 180 dias
até seu julgamento, a ser realizado pelo próprio Senado.
Neste período, assume temporariamente o
vice-presidente da República, Michel Temer, que há semanas vem manobrando a favor
do impeachment em uma batalha cada vez mais aberta com Dilma.
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