Um em cada 4 jovens, no mundo, está viciado
em celular. A conclusão é de levantamento feito por pesquisadores londrinos em
dados de mais de 40 estudos que abordavam o "uso problemático de
smartphones". Analisando informação de mais de 42 mil pessoas da Europa,
Ásia e das Américas, os pesquisadores do King's College, em Londres,
constataram que 23% dos jovens apresentam comportamento classificável como
vício.
Significa que eles demonstram sinais de
ansiedade quando são privados do celular e que o tempo gasto usando o
smartphone prejudica a realização de outras atividades. Além disso, esses
jovens não conseguem controlar a quantidade de tempo que passam diante dos
smartphones. Segundo os pesquisadores, não é possível determinar uma relação de
causa e consequência entre depressão e o uso excessivo de celulares, por
exemplo, mas é possível afirmar que o vício nesses dispositivos pode também
estar associado a sintomas como estresse, tristeza, falta de sono e problemas
na escola.
O vício em celular não é um problema
exclusivo dos jovens. Diversos outros estudos já apontaram que o uso excessivo
de smartphones é prejudicial à saúde em qualquer idade. A dependência em
tecnologia tem até nome: nomofobia. O termo foi cunhado a partir das palavras
no–mobile, ou sem celular, em inglês. A pessoa sente uma fobia, um medo
irracional, quando fica sem acesso à internet ou a aparelhos tecnológicos, como
computadores, tablets e, principalmente, smartphones.
Apesar dessa obsessão ainda não estar na lista de doenças da Organização Mundial de Saúde – como já é o caso da compulsão por jogos eletrônicos, por exemplo, que é classificada como transtorno mental –, a nomofobia é considerada uma síndrome e precisa ser tratada. O tratamento inclui terapias comportamentais e, em alguns casos, pode até envolver medicações.
Apesar dessa obsessão ainda não estar na lista de doenças da Organização Mundial de Saúde – como já é o caso da compulsão por jogos eletrônicos, por exemplo, que é classificada como transtorno mental –, a nomofobia é considerada uma síndrome e precisa ser tratada. O tratamento inclui terapias comportamentais e, em alguns casos, pode até envolver medicações.
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