quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Caso de agressão na UPA de Bom Conselho expõe despreparo e divide opiniões.

Um episódio lamentável ocorrido no final de semana passado, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bom Conselho, tem gerado grande repercussão na cidade. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um guarda municipal agredindo fisicamente uma mulher, após uma discussão acalorada na entrada do local. (Veja o vídeo ao final do texto)

Nas imagens, a mulher aparece gritando e dirigindo palavras agressivas ao servidor público. O guarda, inicialmente contido, perde o controle e parte para cima dela, desferindo golpes físicos. A cena, que chocou os moradores, trouxe à tona questões sobre o preparo psicológico dos agentes de segurança pública e os limites da relação entre servidor e cidadão.

De um lado, há quem critique duramente a atitude do guarda, classificando-a como um ato de abuso de poder e uma demonstração de despreparo inaceitável. De outro, algumas pessoas defendem que a mulher também ultrapassou os limites do respeito ao provocá-lo verbalmente. No entanto, o fato inegável que fica registrado é a agressão física, algo inadmissível para um profissional que deveria zelar pela segurança e pela ordem.

A identidade do guarda envolvido permanece em sigilo, enquanto a Guarda Municipal se limitou a emitir uma nota em suas redes sociais. No comunicado, afirma que o caso será apurado e que a conduta não condiz com os valores defendidos pela instituição. Contudo, a nota, que sequer foi assinada por um responsável, não foi enviada à imprensa, o que demonstra uma postura amadora da corporação em lidar com uma situação tão delicada.

Faltou comando. Faltou transparência. Faltou profissionalismo. É inadmissível que, em um caso de tamanha gravidade, a Guarda Municipal não adote os procedimentos adequados para se comunicar com a população, preferindo um comunicado raso e informal. Isso só agrava a percepção de desorganização e falta de liderança dentro da corporação.

Nas ruas, nas redes sociais e em cada esquina da cidade, o caso continua sendo o principal assunto. É a primeira vez que a população presencia uma cena de violência física praticada por um membro da Guarda Municipal contra um cidadão, e isso levanta um alerta urgente: é preciso rever a preparação e o comportamento dos agentes públicos.

Enquanto o episódio segue sendo investigado, a sociedade espera que a verdade venha à tona e que medidas sejam tomadas para evitar que situações como essa se repitam. Bom Conselho não pode permitir que casos assim manchem a imagem de uma cidade que sempre prezou pelo respeito e pela convivência pacífica entre seus moradores.

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