Após 12 anos no comando da política de Bom Conselho, o Grupo Godoy se despede do poder com um gosto amargo. O clã político, que assegurou três mandatos consecutivos, viveu uma trajetória de altos e baixos que culminou numa derrota retumbante nas urnas em outubro passado. Um fim melancólico para um ciclo que começou com promessas de renovação, mas que sucumbiu ao desgaste e à soberba.
No primeiro mandato, o governo Godoy gozou de grande aceitação popular, com obras e ações que conquistaram a confiança da maioria. No entanto, o brilho começou a se apagar no segundo mandato, quando as críticas se intensificaram e a gestão perdeu o fôlego. Já o terceiro mandato (2021-2024) foi, sem dúvida, o mais fraco, marcado por decisões burocráticas, um estilo desleixado de governar e pouca conexão com os anseios da população.
Para muitos, a derrocada nas urnas foi resultado da arrogância que tomou conta do grupo. A sensação de que o poder havia subido à cabeça foi reforçada por atitudes e escolhas polêmicas, especialmente nos meses finais do governo, que deixaram a cidade à deriva. O saldo é um legado misto, com momentos marcantes, mas também com uma série de promessas não cumpridas e uma gestão que perdeu o brilho com o tempo.
Agora, o Grupo Godoy enfrenta o desafio de se reorganizar e se reinventar para tentar reconquistar o Palácio Coronel José Abílio em 2028. Antes disso, terá uma prévia importante em 2026, quando seu principal líder, Dannilo Godoy, tentará a reeleição como deputado. O desempenho nessa disputa pode ser determinante para o futuro político do clã e para sua capacidade de retomar o protagonismo em Bom Conselho.
O jogo político promete esquentar, e os próximos capítulos devem trazer novas reviravoltas. Resta saber se o Grupo Godoy será capaz de se reconstituir ou se ficará preso às sombras do passado. O cenário está lançado, e o desfecho será observado com atenção pelos eleitores de Bom Conselho.
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