A pirataria continua como fonte importante
no consumo de entretenimento. O Brasil está no topo do ranking entre os países
que mais consomem este tipo de conteúdo ilegal, ocupando a quarta colocação. É
o que conclui o Relatório Anual, divulgado esta semana pela Muso, uma empresa
britânica especializada em análise de mercado. A preferência mundial são os sites
que distribuem conteúdo pirateado por streaming, onde não é necessário fazer o
download.
Os programas de TV são os conteúdos mais
pirateados, seguidos por músicas e cinema. Foram identificados mais de 300
bilhões de acesso a sites destinados a disseminação de conteúdo pirata, um
aumento de 1,6% em relação a 2016. Embora os sites de torrent e fóruns de
download direto ainda tenham uma base considerável de usuários, o streaming é a
opção mais popular para conseguir este tipo de material, com mais da metade das
visitas (53%).
Um dado curioso é que pela primeira vez o
smartphone superou o computador. Mais de 52% do acesso a conteúdo pirateado da
TV foi realizado por meio de um celular. Para música, a diferença é ainda mais
gritante, chegando a 87%. Apenas para cinema o desktop ainda é o favorito. O
relatório da Muso mostra que a pirataria ainda cresce no mundo. Porém, o número
pode ser ainda maior. Isso porque, a pesquisa leva em consideração apenas dados
contabilizados na Internet, através de informações fornecidas por empresas de
análise de tráfego.
O relatório também apontou os países que
mais entram em sites de pirataria. Os Estados Unidos está na primeira
colocação, seguido da Rússia, Índia e Brasil. A China não aparece no top 10. O
país asiático, com uma das maiores populações do mundo, está apenas na décima
quarta posição. Os números representam a quantidade acessos registrados.
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