sexta-feira, 31 de julho de 2020

Novo coronavírus pode estar circulando silenciosamente há 70 anos, diz estudo.

Desde o início da pandemia de COVID-19, muito tem se especulado sobre as possíveis origens do novo coronavírus, causador da doença – e, recentemente, um estudo que analisou em detalhe o material genético do vírus levantou a hipótese de que, provavelmente, a linhagem a que ele pertence se “desprendeu” de vírus originários de morcegos de 40 a 70 anos atrás.

Publicado em 28 de julho de 2020 na sessão “Nature Microbiology” do periódico “Nature”, o estudo foi elaborado por um time de cientistas chineses, europeus e norte-americanos e utilizou três métodos diferentes para identificar, isolar e estudar determinadas regiões do material genético do vírus, fazendo comparações para detalhar a história evolutiva do causador da COVID-19.

Conforme já apontado em outros estudos, o “parente” mais próximo do SARS-CoV-2 é um vírus chamado RaTG13, que afeta morcegos e pangolins (animal semelhante ao tatu), mas o estudo recente apontou que a divisão do ancestral comum nestas duas linhagens ocorreu há muito mais tempo do que se imaginava. Segundo os pesquisadores, é possível que a linhagem do vírus causador da mais recente pandemia já circulasse há 40 a 70 anos em morcegos.

Além de revogar ainda mais as hipóteses de que o novo coronavírus teria sido criado em laboratórios e “escapado” em um acidente, o estudo também indica que é extremamente necessário monitorar outras linhagens de vírus para prevenir futuras pandemias.

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