Não haverá um melhor jogador do
mundo, em 2020. Pelo menos a tradicional revista France Football cancelou a
premiação, algo inédito em 64 anos de história. A Bola de Ouro, de tão
importante, foi por um tempo unificada com a eleição da Fifa. Hoje, são dois
prêmios separados, cada um com seus critérios. E a entidade máxima do futebol
diz que, por enquanto, a premiação dela está mantida. Os
organizadores da Bola de Ouro explicam que a pausa no calendário e as
mudanças nas regras, como o limite de substituições, por exemplo, mexem com a
credibilidade e a legitimidade da eleição.
A France Football também citou a realização
de jogos sem torcida e as diferenças na preparação de cada atleta, quando o
futebol foi retomado, como fatores que interferem no desempenho de cada um. E
disse, ainda, que não queria colocar um asterisco no nome do vencedor de 2020;
que qualquer resultado seria injusto; e que a Bola de Ouro não é apenas uma
premiação técnica, mas também promove valores como solidariedade e
responsabilidade. Sem esquecer que a França foi um dos primeiros países, ainda
no mês de abril, a ter o campeonato nacional dado como encerrado, sem a
retomada dos jogos, para evitar a transmissão do coronavírus. O título ficou
com o Paris Saint-German, de Neymar, que estava na liderança, quando o torneio
foi paralisado. Aliás, o coronavírus pode ter estragado o sonho do craque
brasileiro.
É claro que a Liga dos Campeões da Europa,
que só será retomada em agosto, tem um peso grande na eleição do melhor do
mundo. Porém, quando a pandemia foi decretada, Neymar estava, sim, entre os
cotados ao prêmio. Agora, ele terá menos oportunidades para mostrar serviço que
concorrentes que atuam em outros países. E resta saber como será o desempenho
do camisa 10 da Seleção depois de tanto tempo, em jogos maiores. Como as finais
da Copa da França e da Liga Francesa, que acontecem ainda neste mês. De Bruyne
e Lewandowski, por exemplo, também aparecem na lista daqueles que podem
disputar o título de melhor do mundo, caso a Fifa mantenha mesmo a premiação,
com Messi e Cristiano Ronaldo. Por fim, ainda sobre a Bola de Ouro, vale
lembrar que o argentino é o maior vencedor, com seis prêmios,
inclusive o do ano passado. O português vem em segundo, com cinco conquistas. E
depois, empatados, aparecem Platini, Van Basten e Cruijff, com três bolas de
ouro cada um.
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