O pagamento do auxílio emergencial foi a porta
de entrada para golpes digitais no segundo trimestre de 2020, segundo uma
pesquisa divulgada na quarta-feira, 22, pela empresa de segurança Axur. Segundo a companhia,
cibercriminosos deixaram de mirar clientes de instituições financeiras para
tentar roubar dados de cidadãos comuns – o objetivo é usar as informações
em saques do benefício.
Na pesquisa, a companhia diz que recebeu
37.866 denúncias de páginas falsas e fraudes ligadas ao coronavírus por meio de
sua ferramenta 'Quarentena sem fraudes'. A empresa detectou ainda 9.572 casos
únicos de phishing no
Brasil – a
técnica tenta enganar as pessoas por meio de sites e apps falsos para que
entreguem seus dados. A marca representa um crescimento de 80,7% em relação ao
mesmo período do ano passado – e diminuição de 12,26% em comparação com o
trimestre anterior.
Com 36,7%, bancos e instituições financeiras
lideram o setor mais atacado, mas o foco teria migrado de clientes comuns para
beneficiários do auxílio emergencial. A distribuição das páginas e apps ocorre
por WhatsApp, cuja filtragem quase não existe para esses casos. A empresa,
porém, detectou aumento de anúncios falsos no Google e no Bing. A pesquisa
identificou aumento de 25,6 pontos percentuais de uso indevido de marcas em
anúncios, o que pode indicar, por exemplo, páginas falsas de órgãos públicos e
instituições bancárias.
A pesquisa detectou, por exemplo, uma mesma
página em quatro URLs diferentes que imitava uma página do governo e roubava
nome completo e CPF de incautos. Além do governo, os criminosos simularam
páginas para distribuição de unidades de álcool-gel, máscaras, cestas básicas e
outros itens importantes relacionados à pandemia. Segundo a empresa, 9,16
milhões de credenciais, como e-mail e login, foram vazadas no segundo
trimestre. Além disso, 517.670 cartões de débito e crédito tiveram suas
credenciais completamente vazadas – 96% estavam na validade.
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